Pacientes que sofrem de carcinoma orofaríngeo em estágio inicial (câncer de pescoço, boca ou garganta) foram tratados com uma nova técnica de cirurgia robótica.

FMRI (Instituto de Pesquisa Fortis Memorial), Gurugram conduziu pesquisas especiais em pacientes com câncer de orofaringe para testar a eficácia de um novo tratamento.

TORS (Cirurgia Robótica Transoral) foi realizada em 57 pacientes, sob supervisão de Dr. Surender Dabas o diretor de Oncologia Cirúrgica (cabeça, pescoço e tórax) do Hospital FMRI. Esta técnica cirúrgica é eficaz no tratamento de pacientes com câncer negativo para HPV, que se desenvolve devido ao consumo de tabaco.

De acordo com um estudo publicado na revista 'Oral Oncology', realizado de março de 2013 a outubro de 2015 em 57 pacientes com carcinoma orofaríngeo em estágio inicial (I e II), submetidos ao procedimento robótico TORS.

Esses 57 pacientes incluíram 48 homens e nove mulheres, com idade média de 59.4 anos. O local infectado mais comum incluiu a base da língua (BOT) em 31 pacientes. 24 pacientes tinham câncer em estágio I e 33 tinham câncer em estágio II. Quarenta e três (89.6%) pacientes ficaram livres da doença, com 93.8% de sobrevida global após acompanhamento de cerca de 29 meses.

No TORS, os braços robóticos são colocados estrategicamente dentro da boca do paciente. O TORS permite que os cirurgiões tenham acesso, através da boca, a outros órgãos e áreas onde suas mãos não conseguem alcançar.

TORS ainda é uma nova abordagem para remover câncer de áreas como a garganta, que são relativamente de difícil acesso, incluindo a parte inferior das amígdalas e a base da língua. Quando essas duas áreas, incluindo diferentes partes da orofaringe (parede posterior da orofaringe, palato mole), são os principais locais tumorais nos quais o TORS é usado.

Durante uma conferência, um dos sobreviventes do câncer, Amalkanti Bhowmik (76 anos) explicou como a cirurgia robótica ajudou a acelerar a recuperação.

“Desenvolvi dificuldade para engolir alimentos e logo até água em março deste ano. Quando minha família me levou ao médico, uma endoscopia revelou uma lesão dentro da minha garganta. Posteriormente, foram enviadas amostras para uma biópsia que confirmou câncer de laringe em estágio I (caixa de voz). Fomos a vários médicos depois disso, e a maioria nos deu a opção de radioterapia seguida de cirurgia, devido à minha idade. No entanto, sabíamos que o resultado da radiação teria levado a uma deterioração ainda maior da minha saúde. Isso foi então que um sobrinho que pratica medicina no Reino Unido recomendou uma cirurgia robótica para o meu câncer. Estou livre da doença desde a cirurgia e estou me recuperando bem para a minha idade", disse ele

Dr. Dabas compartilhou isso, "Em comparação com os cânceres HPV negativos, os cânceres HPV positivos respondem melhor à quimioterapia e ao tratamento com radiação. Na Índia, a maioria (quase 70 por cento) de todos os cânceres de orofaringe são HPV negativos. Esta é a razão pela qual o TORS é uma opção de tratamento viável para cânceres HPV negativos. . Para evitar os efeitos colaterais de uma cirurgia aberta tradicional, se o câncer for detectado precocemente, adota-se o TORS. Com benefícios significativos aos pacientes, evita prejuízos funcionais na fala e na deglutição. É uma cirurgia rápida. e preciso, complexo e intensivo em sua execução. A quantidade de perda de sangue e o tempo de recuperação necessário após a operação são notavelmente mínimos. Como este método pode ser implementado sem quimioterapia prévia, ele permite que o paciente fique livre de qualquer toxicidade associada ao mesmo."

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